Sinto saudades do Douro d’oiro
Montanhas de silêncio
Sem vento de mau agoiro.
Elevámo-nos no cimo da esperança
E vemos as terras sem fim.
Descalçámo-nos da lembrança
Despojo-me de mim.
Sobem os homens carregados de cestos.
Num passo cadente de esforço,
Sorvem o ar quente dos ventos,
Descarregam o peso da alma
Como se o soltassem do fosso
Daqueles dias cinzentos.
Sinto saudades do Douro d’oiro
Céus infinitos de luz
Escarpas vencidas de Outono.
Professora Isabel Araújo
24 de Setembro de 2009
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